ABADIA
Situado na encosta de uma montanha, em Santa Maria de Bouro, no concelho de Amares, na freguesia de Santa Maria de Bouro. Está a cerca de 4 km do Antigo Mosteiro de Santa Maria de Bouro, actualmente uma Pousada de Portugal.
À sua volta impera uma natureza deslumbrante, oxigenada pelos plátanos enormes que marginam o terreiro que dá acesso ao adro do grande santuário e a vegetação do ribeiro que se escapa entre agrestes serranias, quebrando o silêncio religioso de um recanto de oração e lazer.
O Santuário de Nossa Senhora da Abadia é um santuário mariano do séc XVIII que impressiona pela imponente fachada, assim como pelo seu estado de conservação. O interior do templo setecentista, tem três naves, separadas por arcadas de volta inteira assentes em colunas toscanas.
Nas naves laterais podem-se admirar vários altares, todos muito bem decorados e preservados.
O altar principal deslumbra pela sua grandiosidade, assim como pela beleza da sua talha dourada e imagens. Perto deste altar localiza-se um órgão dos finais do século XVIII.
Este templo é mantido pela paróquia de Santa Maria do Bouro.
Considerado por muitos o mais antigo santuário mariano, que teria sido construído entre os séculos VII e VIII. Apesar do primitivo santuário, recolhimento religioso chamado Mosteiro das Montanhas, que existia naqueles arredores por volta do ano 883, não existir qualquer vestígio.A fama, segunda a lenda, ressurge quando a imagem Virgem Maria que lá estava e desaparecida há muito, escondida pelos ermitas na altura da invasão árabe, teria sido encontrada num penedo por Frei Lourenço e seu companheiro Paio Amado após o aparecimento de uma luz misteriosa a indicar a sua localização.
Após esta descoberta, foi fundado o Mosteiro de Santa Maria do Bouro, onde habitavam os monges que zelavam e tornaram ainda mais grandioso o Santuário.
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LENDA DA NOSSA SENHORA DA ABADIA
Diz a lenda que no mosteiro do Bouro, na capela de São Miguel da Abadia, ficou somente um monge eremita de hábito negro, da ordem de São Bernardo. Os outros religiosos abandonaram o Mosteiro durante as guerras com os árabes.
Um fidalgo da corte foi juntar-se ao eremita solitário. O fidalgo queria afogar a tristeza causada pela morte da sua esposa.
Em certa noite, os dois religiosos viram aparecer na garganta da serra, uma luz misteriosa e viva.
Correram logo para aquele lugar e encontraram uma imagem da Virgem, esculpida em pedra. Resolveram construir ali uma capela.
Outros solitários uniram-se a eles, e começaram a construir uma Abadia.
Dom Afonso Henriques, em 1148, engrandeceu a Abadia, concedendo-lhe muitas rendas e o senhorio do Couto do Bouro.
Mais tarde os monjes, já professos, sentido que o local da Abadia era muito áspero e desabrigado, resolveram construir mais adiante aquilo que é hoje o actual Convento. Foi então que confirmaram o milagre da Virgem. Por mais esforço que fizessem, a imagem não se mantinha no novo convento, reaparecendo sempre na Abadia.
Hoje, ao fundo de um grande largo, com alpendres avarandados, está o templo de Nossa Senhora da Abadia, e na sua frontaria, em oratório, protegida por grades de ferro fica a imagem da Virgem.
A cada dia 15 de agosto, aí acorrem numerosos romeiros, que assistem à missa de joelhos, espalhando-se pelo grande largo, alpendres e arcadas.